15 maio 2007

31

A gente soca a ponta da faca

Dói, fura, enraivesce

Machuca e soca de novo

A cicatriz permanece.


A gente tropeça, cai e levanta

Tropeça de novo, esborracha

Procura o desnível no chão

E não acha.


A gente fica doente

Melhora e atola na lama

Bebe, fuma e não dorme

E fica de novo de cama.


Nos interstícios, nos hospícios

Nos sacrifícios, nos precipícios

A gente não se entende.


Tenho fé:

Um dia a gente aprende.

Um comentário:

Lia disse...

tomara.