A gente soca a ponta da faca
Dói, fura, enraivesce
Machuca e soca de novo
A cicatriz permanece.
A gente tropeça, cai e levanta
Tropeça de novo, esborracha
Procura o desnível no chão
E não acha.
A gente fica doente
Melhora e atola na lama
Bebe, fuma e não dorme
E fica de novo de cama.
Nos interstícios, nos hospícios
Nos sacrifícios, nos precipícios
A gente não se entende.
Tenho fé:
Um dia a gente aprende.
Um comentário:
tomara.
Postar um comentário